G1/RN
O Diário Oficial do Estado
do Rio Grande do Norte traz na edição desta quinta-feira (21) a demissão do
agente penitenciário Victor Cianni de Lima Maia. O agente, que é acusado de
tráfico de drogas, já foi preso duas vezes. Na primeira, em setembro de 2015,
foi flagrado com drogas e celulares dentro da Penitenciária Estadual de
Alcaçuz, onde trabalhava na época. A segunda aconteceu em fevereiro deste ano,
quando foi um dos alvos da operação Barreiros - que cumpriu 100 mandados de
prisão durante uma ação que descobriu um esquema de tráfico de drogas comandado
de dentro de presídios. Victor Cianni era servidor público fazia pouco mais de
5 anos.
Alcaçuz
Victor Cianni foi preso na
Penitenciária Estadual de Alcaçuz no dia 29 de setembro do ano
passado. A unidade, a maior do estado, fica em Nísia Floresta, cidade da Grande
Natal. Na ocasião, ele foi flagrado com 4 quilos de drogas (entre maconha,
cocaína e pedras de crack) e 10aparelhos celulares e dezenas de chips e
carregadores.
Segundo o delegado Vicente
Gomes, o agente penitenciário negou o crime. "Ele disse que encontrou o
material já dentro de Alcaçuz, e que estava guardando para poder dar o
flagrante no verdadeiro dono das drogas e dos celulares", disse. À época,
o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Rio Grande do Norte lamentou a prisão
e emitiu uma nota na qual dizia que diariamente a categoria combate a entrada
de ilícitos e outras irregularidades em unidades prisionais. “Portanto, o
Sindasp-RN e os agentes penitenciários não compactuam e não admitem
comportamento fora dos padrões da legalidade”, ressaltou.
Operação Barreiros
O agente penitenciário
voltou a ser preso em fevereiro deste ano. Foi durante a operação Barreiros,
realizada pela Polícia Civil. A investigação, trabalho de um ano, resultou na
prisão 100 pessoas envolvidas com o tráfico de drogas. Trinta dos suspeitos (26
homens e 4 mulheres) foram detidos somente no dia 19, ocasião em que Victor
também recebeu voz de prisão. Segundo a polícia, o grupo integrava uma
associação criminosa envolvida com tráfico de drogas, homicídios, roubos e
furtos.
“A Operação Barreiros recebeu este nome porque a nossa investigação teve início em uma comunidade chamada Barreiros, que fica na cidade de São Gonçalo do Amarante. Descobrimos que o grupo, além de traficar drogas no município, possuía ramificações em outras cidades e até mesmo fora do estado. Um dos mandados cumpridos foi contra um preso que está em São Paulo”, revelou Ulisses de Souza, delegado da Delegacia Especializada em Narcóticos. “A droga que estava sendo distribuída na Grande Natal era enviada de São Paulo para o Rio Grande do Norte por este preso”, acrescentou o delegado.
“A Operação Barreiros recebeu este nome porque a nossa investigação teve início em uma comunidade chamada Barreiros, que fica na cidade de São Gonçalo do Amarante. Descobrimos que o grupo, além de traficar drogas no município, possuía ramificações em outras cidades e até mesmo fora do estado. Um dos mandados cumpridos foi contra um preso que está em São Paulo”, revelou Ulisses de Souza, delegado da Delegacia Especializada em Narcóticos. “A droga que estava sendo distribuída na Grande Natal era enviada de São Paulo para o Rio Grande do Norte por este preso”, acrescentou o delegado.